terça-feira, 12 de novembro de 2013

Associação de Boqueirão mostra caminhos para a literatura

Vencendo todas as adversidades, a Abes consegue reunir a população em torno do tema e está ajudando na formação de novos leitores para novos escritores | Texto e fotos: Val da Costa
Uma associação de escritores no Interior da Paraíba está fazendo a diferença para viabilizar eventos culturais. É a Associação Boqueirãoense de Escritores (Abes), que tem sede na cidade de Boqueirão, no Cariri. Há cinco anos, a ideia se transformou em realidade com o objetivo de trabalhar na formação do leitor. Atualmente, a Abes tem dez membros e realiza em média 10 atividades anuais, incluindo o evento de maior sucesso, a Feira Literária de Boqueirão (Flibo).

Uma dos membros da Abes, Magna Vanuza Araújo, participou recentemente do projeto Calçada da Leitura, da Escola Municipal do Distrito do Marinho. “Para nossa alegria, logo que chegamos, recebemos a visita na Associação de um grupo de professores e alunos da cidade de Pedras de Fogo. Para encerrar com chave de ouro este encontro, entregamos os troféus das Escolas que participaram do projeto ‘Minha Escola na Flibo’, realizado este ano”, disse.

Escritoras da Abes - 2013
O que a Abes está fazendo é seguindo passos que foram planejados em busca de resultados, sempre voltados à formação de um público leitor. Fundada em 2009 pelas escritoras Mirtes Waleska Sulpino e Jane Luiz Gomes, a Abes convidou outros escritores boqueirãoenses, como Aparecida Farias, Magna e Malcy Negreiros, além de outras pessoas que não são escritores para participar da associação.

A ideia de montar a Abes surgiu durante um trabalho realizado por Mirtes e Jane no Balaio Cultural de 2008, evento que aborda todas as linguagens artísticas. As duas criaram um movimento literário, o Parede Poética, que foi bem aceito pela população. “Daí em diante sempre nos reuníamos para falar de poesia e outros se juntaram a gente”, relembra Mirtes.

Ideal - O principal objetivo da ABES é trabalhar na formação do leitor, por isso há diversas atividades durante todo o ano. No ano da fundação foi criado um concurso de poesia, “Boqueirão, minha cidade”, em que se descobrem novos talentos. Alguns vencedores desse concurso se associaram à Abes e hoje são membros efetivos. Em 2010 houve a primeira edição da Flibo, com apoio da Secretaria de Cultura e prefeitura municipal.

Atualmente existem dez membros escritores que contribuem mensalmente, pagando uma taxa simbólica. Durante todo o ano a Abes recebe estudantes. Os poetas fazem visitas às escolas para falar sobre poesia. “Realizamos saraus e ainda contações de histórias em praça pública”, lembrou Mirtes.

Brincadeira contação de histórias ao pé do ouvido,
uma das mais procuradas na Flibo 2013
Flibo - Há quatro anos, a Abes vem realizando a Flibo. Segundo a presidente da Associação, está aumentando a participação da população no evento. “Nas primeiras edições, a Feira Literária era realizada em março, o que dificultava a participação das escolas nas ações da feira. Nesta quarta edição transferimos a data para o segundo semestre, em outubro, e conseguimos que houvesse um envolvimento maior das escolas”, disse.

O envolvimento da Secretaria de Educação municipal também ajudou no Projeto “Minha Escola na Flibo”, onde cada escola foi convidada a trazer uma atividade para apresentar na Feira. “Foi possível desenvolver as atividades. Durante o ano, as escolas trabalharam o autor homenageado. Lançamos o tema da feira e o autor homenageado em maio”, relembrou.

Para 2014, a Abes completará cinco anos e há um projeto para lançar a 2ª Antologia Poética da Associação, reunindo todos os poetas associados. De tão reconhecida pela cidade, a Associação teve uma homenagem da prefeitura. Foi instituído em 28 de fevereiro, data de fundação da Abes, o Dia Municipal do Livro e da Leitura em Boqueirão.


“Gostaríamos de ter uma participação maior e efetiva da comunidade de Boqueirão nos debates em torno das políticas públicas do livro e da leitura, em 2014, durante a Flibo. Queremos também uma participação maior dos professores”, disse.

Que esta pequena multidão se multiplique, vire exército e transborde para todas as cidades 

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